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As Palavras da Instituição (também chamadas de Palavras de Consagração) são as palavras que ecoam as do próprio Jesus na Última Ceia incluídas nas diversas liturgias eucarísticas durante consagração do pão e do vinho para descrever a instituição da Eucaristia. Estudiosos eucarísticos por vezes as chamam simplesmente de "verba" (em latim: "palavras").
Quase todas as antigas igrejas cristãs existentes incluem as Palavras da Instituição em suas celebrações eucarísticas e consideram-nas necessárias para a validação do sacramento. Esta é a prática da Igreja Católica Romana, da Igreja Ortodoxa, de todas as igrejas da Ortodoxia Oriental — incluindo a Armênia, a Copta, a Etíope e a Malancara— e também a Comunhão Anglicana, as igrejas luteranas, metodistas e reformadas. O único ritual antigo da missa ainda em uso que não inclui explicitamente as Palavras da Instituição é a Liturgia de Addai e Mari, utilizada em uma parte do ano pela Igreja Assíria do Oriente e pela Igreja Antiga do Oriente. A Igreja Católica Caldeia e a Igreja Católica Siro-Malabar, duas igrejas católicas orientais, usam a mesma anáfora, mas inserem nela as Palavras da Instituição. Porém, a Igreja Católica reconheceu explicitamente a validade deste ritual da missa em sua forma original sem mencionar explicitamente as Palavras da Instituição afirmando que "as palavras da Instituição Eucarística estão de fato presentes na anáfora de Addai e Mari, não num formato de narrativa coerente e “ad litteram”, mas ao invés disto numa forma eucológica dispersa, ou seja, integrada em sucessivas orações de agradecimento, louvor e intercessão".
Nenhuma fórmula das Palavras da Instituição em nenhum das liturgias alega ser uma exata reprodução das palavras utilizadas por Jesus Cristo, presumivelmente em língua aramaica, na Última Ceia. As fórmulas geralmente combinam palavras dos evangelhos sinóticos e o relato de Paulo em I Coríntios 11:24–25. É possível que estas liturgias tenham incluído palavras, como é o caso da frase "mistério da fé" (em latim: Mysterium fidei) que, por muitos séculos, fez parte do rito romano das Palavras da Instituição até ser removida em 1970, ou de sua contraparte na liturgia síria, "o mistério da nova aliança" (em grego clássico: "τὸ μυστήριον τῆς καινῆς διαθήκης").